Atividade 2 etnografia
ATIVIDADE 2 ETNOGRAFIA
Artigo 1: O ingresso na prática docente dos letramentos sociais: caminhos para (re) encontros com o mundo da leitura
Autora: Andréa da Silva Pereira
Identifique no artigo
momentos, marcas, sinais de que há uma preocupação dos participantes da pesquisa – professor-pesquisador; bolsistas/colaborador em formação – em construir um “lugar de fala”, que aponta para posturas e imposturas;
Após leitura individual do referido artigo, verifiquei no texto algumas situações. Vejamos:
“aspectos da realidade da escola saltaram nossos olhos como problemas a serem enfrentados. O primeiro, identificado quando da elaboração do diagnóstico, apontou para as condições da biblioteca da escola, que, embora tivesse uma boa infraestrutura física, não oferecia um acervo de livros adequado para a realização do projeto envolvendo a leitura de clássicos literários, ou de qualquer projeto” (PEREIRA, 2021, p. 267).
Demonstra a impostura de ter uma biblioteca sem condições de funcionalidade.
“.... o desenvolvimento da proposta interventiva de leitura estava atrelado aos hábitos de leitura dos próprios bolsistas” (PEREIRA, 2021, p. 268).
Demonstra a impostura de escassez de leitura por parte dos bolsistas.
“... começamos a perceber que uma restrita familiaridade de leitura não apenas com clássicos, mas com a leitura ficcional em geral...” (PEREIRA, 2021, p. 268).
Demonstra a postura de preocupação com a situação dos alunos quanto à leitura.
onde pode ser vista ou entrevista a noção de WINKIN (1998) do “saber estar com!”, que aponta para a postura de não neutralidade do pesquisador no campo.
“Dimonte iniciou suas considerações a respeito de sua experiência com a leitura: “Hoje a reunião foi muito marcante para mim” (PEREIRA, 2021, p. 269)
O uso do qualificador “marcante”, demonstra o quanto foi significativa sua entrada no mundo da leitura.
“A aula começou a melhorar e os alunos já conseguiam se envolver mais e responder às atividades; (...) saíram-se muito bem.” (PEREIRA, 2021, p. 272)
“A apresentação que fizemos deixou os alunos bem entusiasmados. Eles adoraram e ficaram querendo conhecer mais sobre a literatura de cordel” (PEREIRA, 2021, p. 272).
“... No início foi difícil, os alunos não conseguiam produzir, mas, quando mostramos mais outros exemplos de cordéis, eles começaram a fazer também. Alguns grupos produziram cordéis muito elaborados, ficamos felizes”. (PEREIRA, 2021, p. 272)
Como apontado no texto, alguns aspectos presentes nos relatos de avaliação dos bolsistas chamam a atenção. Primeiro o grupo mostrou saber estar com seus alunos, quando, renunciando ao seu posicionamento hierárquico de maior status como professores, percebeu e aceitou a necessidade de mudança em seu planejamento, com vistas a um maior engajamento dos alunos (PEREIRA, 2021, p. 272)
Além disso, os trechos destacados demonstram as percepções, sentimentos e escolhas dos bolsistas no início das atividades na escola.
Após leitura individual do artigo (2) Pedagogia transmídia: reflexões sobre uma proposta de leitura literária dentro da cultura de convergência.
Autores: Daniela Ferreira da Silva, Thalyta Vasconcelos de Siqueira e Luiz Fernando Gomes.
IDENTIFIQUE:
a) Em que medida o trabalho pedagógico proposto pode ser relacionado à noção de WINKIN (1998) do “saber ver!”, ou seja, saber rever e repensar sua crenças, valores, conhecimentos cristalizados em função de um determinada experiência com o “outro”.
Após leitura individual do referido artigo, verifiquei no texto algumas situações dessa relação saber ver. Vejamos:
Ao se deparar com a exigência da escola em trabalhar com livros canonizados e a resistência/desinteresse dos alunos da escola em ler esses tipos de livros, os responsáveis e envolvidos no projeto (coordenador, supervisor, bolsistas), dialogaram com a coordenação escolar para modificar os livros que seriam trabalhados no projeto, visando o interesse do aluno e o desenvolvimento das faturas atividades com a multimodalidade.
Também é importante frisar que a turma efetuou a escolha do livro.
É uma atitude importante, pois o professor ou pibidianos poderiam apresentar um livro a ser trabalhado, contudo optaram por deixar a critério da turma, é uma forma de envolver o aluno, proporcionando um ensino-aprendizagem mais significativo e não seria coerente tomar atitudes unilaterais quanto às obras a serem lidas e os trabalhos a serem feitos.
Os pibidianos, observaram que os alunos não tinham o hábito de ler, e outros perderam o gosto e a motivação pela leitura, devido à leituras obrigatórias que não atendiam suas expectativas e interesses.
Então, buscaram outros meios para a inserção dos alunos na leitura, sem necessariamente ser por livros, ou seja, desenvolveram um trabalho, valendo-se da pedagogia transmídia. Uma dessas ferramentas foi a utilização de caça-palavras, entre outros.
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